sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Estado d' educação

Das muitas discussões que a gerigonça nos encaminha, há uma que me é muito amada: a Educação. Não escrevi muito sobre o tema, na altura mais polémica, não foi por falta de argumentação, simplesmente não me apeteceu entrar na transvertida argumentação: Ricos vs Pobres, Betos vs Bairro, Colégios vs Escola Pública.... etc.. etc.. 

O preconceito já é velho, mais ou menos desde o século XVIII com o nosso caríssimo Marquês de Pombal,  quando expulsou "delicadamente" os Jesuítas...

Assim foi determinado o conceito "escola estado", perdão queria dizer "escola pública", como o melhor para "os pobres".



Mas vamos falar de outro assunto, a ideologização da escola do estado,  perdão queria dizer escola pública:

O Livro de Valter Hugo Mãe: "O nosso reino"  foi proposto como leitura, no Plano Ideologização de Leitura, perdão queria dizer no Plano Nacional de Leitura, para o 3º ciclo, sim aqueles meninos de 13 anos - super maduros - foram recomendados a ler  "O nosso reino" .
Atenção, nada contra o Valter Hugo Mãe (bro continuamos amigos, na boa!)

Mas o facto é que o livros não só tem vocabulário improprio, como possui apuradas passagens obscenas, perdão queria dizer passagens de "muito amor humano".

Assim deu-se a polémica, porque houve uns pais de uma escola do estado, perdão queria dizer escola pública, mas atenção é daquelas escolas, que apesar de serem públicas estão cheias de betos ricos, (sim o Liceu Pedro Nunes!) que se manifestaram, vejam lá em favor da liberdade de educação, (no meu ver estes pais esticaram completamente a corda, agora pedir liberdade de educação, mas afinal quem é que escolhe a escola? Volta Sebastião José de Carvalho e Mello, AKA Marquês de Pombal, ainda há aqui uma "espécie de Jesuítas" à solta! Agora falar de liberdade de educação ai.... calou....)

Claro que logo a seguir vieram os defensores da escola do estado, perdão queria dizer da escola pública, que são os defensores de todas as liberdades, menos da liberdade de educação, adjectivando de hipócritas estes pais: "já se sabe que os meninos com 13 anos dizem palavrões, falam de prostitutas e daquela tia que é uma pegazinha.... agora não podem ler o Valter Hugo Mãe? Hipócritas!"

Tenham juízo.

Por fim, quando eu achava que já tinha chegado ao meu ponto máximo de desconfiança, que não podia aumentar mais o meu medo em relação ao ensino em Portugal, veio a resposta, que me deixou extremamente assustada, malta eu não estou acostumada a ver filmes de terror: tanta "competência", tanta "dedicação" e  tanto "profissionalismo"  destes "reguladores" da escola do estado, perdão queria dizer da escola pública, pois afinal isto tudo não passou de um lapso, agora cá ideologização... Vejam lá foi um lapso informático!




Fim da história, e estes incompetentes, que estragam o nosso ensino, comprometendo as nossas gerações futuras, continuam no corno, perdão queria dizer no topo dos nossos órgãos administrativos. 
Revoltai-vos pais, os filhos são vossos, não são filhos (para não usar o vocabulário do livro em questão) do Estado!

Temo muito esse lápis azul, perdão queria dizer esse lápis cor-de-rosa e tenho sérias duvidas, que os reguladores do Plano Ideologização de Leitura, perdão queria dizer no Plano Nacional de Leitura, lêem os livros em questão ou somente lêem aquela critica publicada no final da "Revista Única" do Expresso.


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Imagens publicadas num Facebook, de uma mãe autoritária, que acredita na liberdade de educação:









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