domingo, 22 de março de 2015

Um frenesim II

Não sei quanto tempo esperei. Se calhar já te procurava bem antes de o saber. Todos os passos e todos os esforços foram dados em direção a ti. E eu não sabia, mas procurava-te.

Não sei quanto tempo esperei, mas encontrei-te. Não sei quantas vezes ouvi cada “não” com a certeza de que era por ali. Mas não era, e eu não sabia mas procurava-te.

Não sei quanto tempo esperei mas encontrei-te. E foi na espera que que soube o que queria. E foi na espera que me preparei para aquilo que procurava. Foi na espera que me fiz e me refiz. Porque queria estar à tua altura quando aparecesses.

Não sei quantas vezes bati com o pé. Quantas vezes me viste chorar. Não sei quantas vezes, mas desta foi de vez. E eu não sabia, mas tu também me procuravas.

E tudo o que me preocupava se tornou mais relativo. Porque sei que também esperaste por mim. A paciência não é a minha maior virtude, mas tu quiseres treina-la. Porque eu não sabia, mas tu também me procuravas. 

Não sei quanto tempo pensas ficar mas por agora: sê bem vindo!


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