terça-feira, 21 de agosto de 2012

Afinal, ainda há almoços grátis (e eu provei um!)

Tenho conhecido pessoas verdadeiramente extraordinárias ao longo da vida, a começar, desde logo, pelas minhas amigas. Ninguém é perfeito, nem igual a ninguém, mas eu gosto de ver aquilo que cada um tem de melhor e aprender.

Este fim-de-semana conheci alguém de quem vale a pena falar. Uma daquelas pessoas que apetece ter por perto, por conseguir ter a boa disposição que nem sempre vem ao (meu) de cima. Não vos acontece, pensarem que há certas pessoas que seria muito bom ter sempre ali, porque certamente nos tornaríamos melhores só por vermos a maneira de elas serem, reagirem, pensarem? 

Para não ser demasiado vaga, vou contar. 

Andávamos indecisos em relação ao chão da nossa futura casa, por querermos uma coisa mesmo moderna mas termos algum medo de arriscar. Sabendo disto, a pessoa de que vos venho falando fez uns contactos para irmos ver uma casa (linda, daquelas de revista, um sonho, tudo o que possam imaginar!). Claro que nos mostrámos radiantes com a ideia, mas seria só daí a umas semanas. 

Normalmente, quando uma pessoa quer uma coisa, mexe-se para isso. 

Mas neste caso não foi preciso. Não foi preciso pedir nem mais uma vez para que tudo se concretizasse. Levou-nos ela à dita casa, falou com os donos que mal conhecia, fez todas as perguntas e mais algumas, ficou o tempo que foi preciso, fez conversa, ajudou muito. 

Eu com a minha mentalidade de ervilha só pensava: "Deve ser uma chatice vir ver uma obra arquitetónica destas quando já se tem uma casa que não vai receber obras tão cedo". Mas não: pura generosidade. E muita alegria, boa disposição e descontração. Se eu o fazia? Se eu pensava em fazer tudo para ajudar dois miúdos - que não me são nada - a tomar as suas decisões? Provavelmente não. E por isso, este fim-de-semana aprendi como ser alguém melhor.

Ao lado desta podia ter falado de outras pessoas que, no mesmo fim-de-semana, me mostraram outras - as suas - qualidades. Daquela que prontamente se ofereceu para nos ajudar (e que grande ajuda que vai ser) sem que sequer tivessemos que o pedir,  daquela que se preocupou - de igual para igual - com o futuro que para nós se avizinha, daquela que nos fez sentir em sua casa como se estivessemos em nossa, daquela que se preocupou com todos os pormenores para que fosse, verdadeiramente, um fim-de-semana de descanso. 

Não é incrível o quanto - pequenino, pequenino - podemos aprender com cada pessoa que passa ao nosso lado?

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